quinta-feira, 25 de março de 2010


Espartilho

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O espartilho está de volta. Ao contrário do que muitos possam pensar, a peça não tem mais só a missão de modelar as curvas femininas. Atualmente, o espartilho é um adereço para ficar à mostra. Com a benção de Dita von Teese, vem sendo usada para definir a silhueta de beldades como Nicole Kidman, Penélope Cruz, Kate Hudson e Fergie, estrelas que aderiram a este símbolo do fetiche após as filmagens de “Nine”.

O espartilho entrou de vez para o guarda-roupa feminino – para o deleite de muitos – após décadas escondido em meio à tirania física. Roupa que já foi considerada démodé, agora retorna como uma tendência de moda.

Sua história remonta do século 18, quando as damas da corte francesa usavam os volumosos vestidos acinturados de grandes decotes, modelados por espartilhos apertados que não permitiam movimentos bruscos.

A tirania fica à evidente no filme “E o vento levou”, na famosa cena em que Mammy aperta as fitas do espartilho de Escarlate até deixá-la sem ar. A peça parou de ser usada no início do século 20, quando Paul Poiret decretou o fim do “bustier” feminino com a criação de um vestido de corte reto até os pés.

‘A volta do espartilho se deve à vontade da mulher de expressar e reafirmar sua feminilidade. Atualmente, a mulher não se submete ao espartilho por imposição da sociedade, mas por vontade própria’ conta Maya Hansen, estilista de espartilho.

Essa mesma opinião também mantinha Coco Chanel, que considerava a peça “desnecessária” e aconselhava as mulheres a “se libertarem desse artifício”. Foi assim até que Christian Dior nos anos 40 criou o “new look”, que buscava no espartilho modelar a cintura e destacar os contornos femininos.

O amante das mulheres Yves Saint Laurent foi o homem que teve autoridade para banir o “bustiê”. Nos anos 80, porém, a rainha do pop Madonna conseguiu ressuscitá-lo e popularizá-lo pelas mãos do estilista Jean-Paul Gaultier, quem conferiu a peça o devido valor, deixando-a acessível aos olhos de todos.
- Na medida em que as mulheres foram conquistando mais espaço na sociedade, as roupas delas também tornaram-se mais sensuais e sedutoras. “A volta do espartilho é consequência da necessidade da mulher de se expressar e reafirmar sua feminilidade. Nos dias de hoje, a mulher já não usa espartilho por imposição, mas porque quer, por vontade própria”, conta Maya Hansen, estilista de espartilhos.

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